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Carlos Augusto - Professor

Tutoriais, ferramentas, dicas, notícias e tudo para auxiliar o professor(a) no exercício da docência além de muito Marketing.

Atualizado: 27 de mai. de 2022

O que é tecnologia para você? Se você acha que é um sinônimo para smartphones de última geração com “n” câmeras e telas de “x” polegadas, de certa forma você tem razão. Mas não é só isso. A tecnologia é mais antiga do que imaginamos. Cientistas e pesquisadores não são capazes de afirmar, ao certo, quando é que começaram a aparecer os primeiros avanços nesse sentido, mas acredita-se que se trata de um processo surgido há muito tempo.






Ao longo da história, temos exemplos de como a tecnologia influenciou a nossa evolução. Mediante a utilização de pedras, madeira, metal e fogo, inovamos e modificamos nossa forma de estar no mundo. Se voltarmos no tempo, a descoberta do fogo, por exemplo, proporcionou o advento de uma tecnologia dominada pelos nossos antepassados há mais de 300.000 anos. A nossa condição de nômade foi abandonada com a descoberta da técnica de plantar alimentos, passo decisivo para o domínio da agricultura e para o processo de fixação dos grupos de humanos.


Avanços tecnológicos costumam surgir diante da necessidade de suprir alguma deficiência ou otimizar ações humanas. A primeira calculadora comercial, criada em 1640 e chamada de Pascalline, surgiu da necessidade de um contador de realizar cálculos mais avançados. Mas não nos enganemos: ela, a tecnologia, não apareceu apenas para o bem. Segundo Sérgio Czajkowski Jr, professor da Universidade Positivo e do UniCuritiba, “mesmo sendo inegável que a tecnologia foi vital para uma ‘evolução’ da humanidade, é salutar sempre se mencionar que esta não é neutra e que nem todos os avanços tecnológicos redundaram em benefícios para toda a humanidade”. Os equipamentos alemães da segunda guerra mundial, por exemplo, eram os melhores e mais avançados do ponto de vista tecnológico.


Quero pedir licença para dar um salto no tempo e entrar no século XX. Alguns ramos da tecnologia se destacaram mais do que outros. No final do século XX, a tecnologia da informação, junto com a evolução da microeletrônica, gradualmente nos trouxe computadores, internet, mais recentemente os smartphones, e, a partir daí, novas ramificações, como robótica, inteligência artificial, Machine learning, entre outras.


Ouço muitas vezes em sala de aula perguntas como: “Os robôs vão tirar o emprego dos humanos?” e algumas variantes desse tipo de questionamento. Quero tranquilizar você, caro leitor: segundo muitos estudos, vários empregos desaparecerão do mundo, mas, em contrapartida, haverá mais vagas de emprego do que hoje, em novas áreas do conhecimento. Segundo o educador inglês, Sir Ken Robinson “As crianças de hoje trabalharão em empregos que não existem atualmente”. Então, não precisamos ficar preocupados, mas apenas atentos às transformações. Em outras palavras, só teremos que nos adaptar a essa nova realidade.





Voltando à tecnologia nossa de cada dia, para mim, no meu trabalho com elaboração de aulas, edição de vídeos e marketing, a tecnologia se faz presente por todos os lados. Encaro a tecnologia como uma ferramenta, como era no passado, e que deve ser utilizada para resolver nossos problemas.


Digo mais: a melhor tecnologia é aquela que é invisível aos nossos olhos. A que funciona sem precisar reiniciar qualquer coisa, a que nos leva a melhorar nossa produtividade, a que faz o trabalho repetitivo num piscar de olhos, e, principalmente aquela que, através de uma ligação de vídeo, nos aproxima daqueles que amamos. Obrigado, Tecnologia!

Atualizado: 27 de mai. de 2022

A síndrome é caracterizada por um sentimento angustiante em saber o que os outros estão fazendo e você está “perdendo”, agravada pelas redes sociais.


Fear Of Missing Out ou “Medo de estar perdendo algo” é uma síndrome nova e atinge boa parte da população mundial que utiliza smartphones e redes sociais. A síndrome é caracterizada por um sentimento angustiante em saber o que os outros estão fazendo e você está “perdendo”, agravada pelas redes sociais.

Fomo é a sigla em inglês para “fear of missing out” – traduzido para português significa, “medo de estar perdendo algo”. Foi Descrita pela primeira vez nos anos 2000 por Dan Herman. FOMO é a ansiedade geral sobre a ideia de que outras pessoas tenham experiências positivas e você não. É um sentimento de perda, não seria como inveja, é algo mais sério como uma “ansiedade social”.

Boa parte da origem deste sentimento é culpa dos algoritmos das redes sociais, que jogam em nossas timelines assuntos relacionados com o que vemos e curtimos, nos fazendo perder tempo lendo besteiras. Outra parte da culpa - eu diria que a maior parcela até – é de um cidadão chamado Aza Raskin - Programador criador da“rolagem infinita – quando você rola a tela do celular para cima em no Instagram ou Facebook, por exemplo, e não para de vir conteúdo – o que viria a se tornar um dos elementos mais viciantes dos smartphones.


Aza Raskin – criador da rolagem infinita.


Com a massiva utilização das redes sociais, o FOMO cresceu consideravelmente. Pessoas que vivenciam esse fenômeno são as que mais usam as redes. Existe uma linha tênue de FOMO como um fenômeno comportamental inofensivo ou como um possível transtorno mental. O psicólogo Aely relata:

“A partir do momento que este comportamento passa a limitar a vida do indivíduo, isso pode contribuir para algum transtorno mental, como depressão ou síndrome do pânico.”

Segundo Aely, é possível elencar um perfil predisponente à patologia:

“Indivíduos com problemas de autoestima, pessoas com histórico de ansiedade, pessoas com características competitivas, indivíduos voyeur ou exibicionistas”, lista.



Algumas características de pessoas que sofrem da síndrome são:

  • Checar o smartphone mesmo quando não recebe novas notificações.

  • Não desgrudar do telefone nenhum segundo, dedicando muito tempo às redes sociais.

  • Sensação de “eles estão se divertindo e eu não”.

  • Necessidade constante de verificar atualizações nas redes, mesmo após acabar de postar alguma coisa.

  • Não viver o momento e ficar se preocupando com fotografias para colocar nas redes sociais.

  • Sentir inveja e inferioridade, fazendo comparações frequentes com outras pessoas das redes sociais.

Ter algum dos comportamentos acima não significa necessariamente que você tem FOMO, mas, é bom ficar atento.

O que fazer para evitar?

  • Desabilite as notificações das redes e diminua as checagens.

  • Ao deitar coloque o celular na gaveta ou num local longe das mãos.

  • Prefira viver o momento a “postar” o momento.

  • Entenda o jogo da aparência nas redes.

  • Diminua o ritmo das postagens.

Se necessário, e você estiver sofrendo de ansiedade ou mau estar por causa do FOMO, é aconselhado consultar um psicólogo.

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Carlos Augusto é entusiasta de tecnologia desde que ganhou seu primeiro videogame em 1985, o Odyssey da Philips – e já desabilitou a notificação de todas as redes já faz dois anos.




Atualizado: 20 de jun. de 2022

Caro leitor!

Sinto informar: sua privacidade morreu, e faz tempo. Já vou avisando: este texto não é uma teoria da conspiração.

E, para iniciar, pergunto: o que você estava fazendo na manhã do dia 11 de setembro de 2001? Lembrou? Pois bem, quem poderia imaginar que o ataque às Torres Gêmeas, no coração de Manhattan, em Nova Iorque, afetaria a forma através da qual as empresas usariam os dados de seu telefone celular?



Torres Gêmeas pegando fogo após serem atingidas por aviões - Foto: Michael Foran


Por culpa daquele evento, e na ânsia de capturar os responsáveis do ataque, o então presidente americano, George W. Bush, apresentou ao Congresso um projeto de lei destinado a expandir os poderes do governo para vigiar, investigar e deter supostos terroristas. Esta lei foi aprovada em 26 de outubro de 2001 e ficou conhecida como “USA Patriot Act”, ou “Ato patriota Americano”.



Momento da Assinatura do Ato Patriota, em 26 de outubro de 2001

A partir daí, o governo não precisaria mais da autorização de um juiz para saber quais os sites que alguém visitou, ou que buscas fez no Google. Agora, o governo solicita diretamente ao provedor de serviços, seja Google, Facebook, Twitter etc.


Até aí tudo bem; quem não quer castigar terroristas? Além do mais, eu não sou terrorista, nem você.


Esta lei também “determinava” que as empresas de tecnologia criassem um departamento para repassar mais rapidamente as informações dos usuários diretamente para o NSA, a Agência de Segurança Nacional.

Então, quando o governo solicitasse suas informações, a empresa tinha que repassá-las imediatamente, por lei.



Quartel general da Agência Nacional de Segurança em Fort Meade, Maryland (Foto: Getty

Por outro lado, aproveitando essa brecha, as empresas de tecnologia cada vez mais “capturam” dados, com sua ampla e total permissão. Sabe como? Antes da instalação de cada App aparece aquela tela com os “termos e condições” os quais temos que aceitar para obter o aplicativo. Tenho a certeza de que nem eu, nem você (nem os advogados!) lemos estes longuíssimos termos; aceitamos prontamente para iniciar a instalação.



Foto: Reprodução/Helito Bijora

“É grave dotô?”

⁃ SIM!


Dê uma olhada nisso: os itens abaixo foram retirados dos termos do Facebook Messenger, e são bizarros:


• Permissão para receber uma lista de contas conhecidas no telefone, incluindo quaisquer apps instalados no aparelho. (O Facebook sabe todos os aplicativos que você tem instalados em seu smartphone);

• Permissão para gravação de áudio com o microfone do celular sem confirmação do usuário. (Você DEU permissão para o Facebook gravar sua voz, usando o microfone do seu telefone. Facebook, seu lindo);

• Permissão de uso da câmera para fazer fotos e vídeos sem a confirmação do usuário (Como? Sim, isso mesmo, o Facebook usa a câmera do seu smartphone para fazer fotos, sem te avisar… E você usando o celular no banheiro não é? Vixe Maria!!)

• Permissão para identificar o usuário pelas informações guardadas no celular, com nome e informações de contato. Estes dados podem ser enviados para terceiros. (Aí é que entra o absurdo, o Facebook vende nossos dados com empresas parceiras, e não ganhamos nada com isso).


Tem uma máxima da tecnologia que eu gosto muito: “quando o app é de graça, o produto é você”.


No documentário “Sujeito a termos e condições”, disponível no Netflix, que deixo aqui como sugestão de programa de fim de semana, são relatados vários exemplos de invasão de privacidade, inclusive um caso com intervenção da SWAT, assista e veja com seus próprios olhos.


Documentário “Sujeito a termos e condições” disponível no Netflix. *Atualização: FOI REMOVIDO DO STREAMING!

Antes, as empresas capturavam dados para criar perfis de consumo para vender a empresas terceiras; estas, por sua vez, ofereceriam produtos segmentados, de acordo com o perfil de cada um.


Ultimamente, porém, estão passando dos limites. Agora os apps estão, a qualquer momento, ouvindo nossa conversa, e não apenas quando você aciona os assistentes pessoais (Siri ou Google Assistant).

Há controvérsias; o fato ainda não foi comprovado, mas os relatos estão aumentando.

Aconteceu recentemente comigo: numa conversa informal com um amigo no café, falamos sobre viajar para um determinado local. Enquanto isso, nossos smartphones esavam em cima da mesa, ouvindo tudo (imagino eu).

Dito e feito! No outro dia, meu telefone mostrava propagandas sobre aquele lugar específico. Outro caso foi o da apresentadora da Globo, Rafa Brites, que em seu instagram publicou:


“O seu celular também te escuta? Tudo que você fala aparece como propaganda depois? Alguém me explica isso por favor?”




Os especialistas Ken Munro e David Lodge, da consultoria Pen Test Partners, perguntados sobre se é fisicamente possível que sejamos espionados por nossos celulares, confirmaram a tese: nossos celulares podem, sim, nos espionar.


Eles criaram um protótipo de um aplicativo. Passaram, então, a falar perto do telefone e, surpreendentemente, perceberam algumas palavras chave eram capturadas e exibidas em seu sistema.

"Tudo o que fizemos foi utilizar a funcionalidade existente no Android. Optamos pelo Android pela facilidade de uso", disse Munro.

"Permitimos que o aplicativo acessasse o microfone do telefone, configuramos um servidor de áudio na internet, e tudo o que o microfone ouviu nesse telefone, chegou aos nossos terminais, o que nos permitiria, se quiséssemos, criar propaganda personalizada".


Fica a dica: se quer privacidade, feche a janela, as cortinas, apague a luz e principalmente: desligue o telefone!



Carlos Augusto é entusiasta de tecnologia desde que ganhou seu primeiro videogame em 1985, o Odyssey da Philips.


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Carlos Augusto

Professor

Sou professor dos cursos de Administração, Nutrição, Fisioterapia, Psicologia, Ciências Contábeis, na graduação e pós-graduação da Faculdade Católica do RN.

Foi premiado diversas vezes pelo uso de tecnologia como ferramenta de aprendizado em sala de aula.

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